A Casa de Cura

A Casa de Cura é uma organização da sociedade civil, fundada na comunidade de Caraíva, ao sul do estado da Bahia, Brasil, em junho de 2020, em meio à pandemia, por Irene Barontini e Maria Beatriz Paiva.

Em 2019 Irene e Maria Beatriz se encontram e descobrem compartilhar da mesma percepção sobre saúde integral e como ela pode ser entregue e acessível à população. Motivadas a contribuir com a saúde e o bem estar da sociedade, e em transformar aquilo que é considerado saúde básica, começam a estudar as diferentes maneiras de atuação, logo entendendo estarem caminhando rumo à uma organização da sociedade civil

A organização nasceu pela necessidade de melhorar as condições de saúde e o bem-estar da população local. O estilo de vida dos habitantes originários e de quem veio buscar uma vida mais sossegada nesse vilarejo remoto, está se movendo em uma direção danosa, influenciado pelas rápidas mudanças devidas ao aumento descontrolado do turismo, incremento no uso de álcool e estupefacientes, estresse e má nutrição. As pessoas correm um grande risco devido às condições precárias do sistema de saúde público, por negligência dos governos municipal e federal, e o difícil acesso às estruturas médico-hospitalares a mais de 100 km de distância.

Conheça os guardiões da Casa de Cura

Irene Barontini - Co-fundadora e Presidente da Organização

Irene Barontini, italiana, antes de se mudar para Caraíva, morou em Londres por 10 anos, onde se formou em História da Arte, trabalhou na produção e coordenação de projetos artístico-culturais e gerenciou uma galeria de arte contemporânea por 2 anos.

As experiências nesta área aumentaram a sua habilidade em planejar e coordenar projetos, de médio-grande porte. Chegou no Sul da Bahia em 2018, onde implementou projetos histórico-culturais e sócio-educativos, na comunidade de Caraíva e na escola indígena pataxó da Aldeia Xandó.

Esse conjunto de  vivências, foram cruciais para uma compreensão mais profunda e detalhada das dinâmicas e demandas sociais, e da grande riqueza dos povos originários.

Em seus estudos pessoais, Irene se aprofunda na medicina alternativa, nas propriedades medicinais das plantas e ervas, e nos saberes dos povos originários.

Maria Beatriz Paiva - Co-fundadora, Vice-Presidente e responsável pelo desenvolvimento dos projetos atuamente executados pela Organização

Maria Beatriz Paiva, paulistana, é terapeuta e empreendedora social, nutrindo a soberania social, atuando no campo das práticas holísticas, às quais se dedica há 20 anos, além de mergulhar em projetos sociais e movimentos que nutram mudanças nos mecânismos de funcionamento da sociedade. 

Passou 15 anos em Berlim, Alemanha, e se muda para Caraíva com o intúito de contibuir com a comunidade, levando seus serviços com terapeuta e co-fundando a Casa de Cura. 

Desde então, atua ativamente na sociedade civil, através da concepção, formatação e coordenação de projetos, além de ter se especializado am mobilização de recursos e comunicação, se apromirando em cursos voltados ao terceiro setor, pelo Instituo Sab em parceria com a Fundação Dom Cabral, e pelo Instituto Gesc, onde hoje faz parte da equipe de Consultores voluntários.

Seus estudos pessoais se aprofundam nas tramas histórico-sociais da sociedade, nas tradições e rituais ancestrais dos povos originários, nos movimentos de transformação social e nas ferramentas de reprogramação da consciência do corpo e do espírito humano, em prol de uma Nova Era de Vida na Terra.

Roberto Andrade - Diretor Financeiro da Organização

Roberto Andrade, de Mogi das Cruzes, é um profissional com mais de 20 anos de carreira em Finanças, Controladoria e Impostos em organizações de renome, incluindo: Solenis, Diversey, SealedAir, JSL e RSM Auditoria.

Sócio Proprietário da Visata Controladoria, Empresa de Serviços Expert em Processos de Gestão da Performance, Inteligência Competitiva, Controladoria e Finanças com foco em PME´s.

Está na Casa de Cura desde o início da jornada , e vem guardando à associação com o melhor do seu conhecimento.

Também interessado e conectado aos povos indígenas já há muitos anos, viu na organização o potencial de ser ativamente participatipo na sociedade civil.

Linha do Tempo

A Casa de Cura foi fundada em 2020, por Irene Barontini e Maria Beatriz Paiva.



A Casa de Cura começa a atuar através do projeto Rede de Apoio à Saúde em Março de 2020, se colocando à disposição para auxiliar a população com informações e protocolos da covid-19 e encaminhamentos de saúde em casos de emergência. Com os primeiros casos da covid-19 na região, o trabalho foi direcionado para o rastreamento e acompanhamento dos casos e para várias estratégias de contenção e testagem comunitária, através de uma campanha para arrecadar R$50.000 reais, destinados a 500 testes sorológicos da covid-19, para a comunidade. A Casa de Cura coordenou e executou a testagem comunitária em parceria com a unidade de Saúde de Caraíva, treinando os funcionários da unidade e voluntários do programa de testagem. A população foi testada até o final de 2020.



Em janeiro de 2021, um novo governo assume a prefeitura local, e uma nova secretária de saúde assume o cargo e corta as vias de parceria com a organização. A partir de então, a Casa de Cura passa a pensar programas e ações de forma independente.



Em Agosto de 2021, coordenado por Irene começa o programa 'Médicos na Rede' em Caraíva, que traz médicos especialistas para atender a comunidade.



A partir dos programas desenvolvidos ao longo do ano 2021, a Casa de Cura começa a coletar dados sobre a população atendida e se depara com as urgentes necessidades compartilhadas pelas mulheres que moram em comunidades vulneráveis.



Em 2022 a Casa de Cura começa um programa na unidade sócio-educativa PAC-GC do DEGASE (RJ), para atender a adolescentes meninas e trans, internas no sistema, com o intúito de devolver a auto estima e o cuidado à vida, dessas jovens. Esse programa foi coordenado por Taís Moraes Dias e teve a duração de um ano. 



Em Junho de 2022, a Casa de Cura foi convidada pela Vice-Cacica Uruba Pataxó, da Aldeia Mãe de Barra Velha, a participar de um encontro das organizações e coletivos locais, para olhar em conjunto as necessidades das mulheres da comunidade.